Às vezes, são tantos os nomes existentes no mercado, que eu, ao fim de 15 anos, ainda sou capaz de me sentir perdida!
Em amena cavaqueira com uma cliente na loja, começámos a falar dos vários tipos de serviços que existem no mercado, e o porquê de se fazer uns ou outros. Do verniz de gel, ao acrílico, do gel à manicura, lá fomos conversando. Surge então uma pergunta?…. E então aquela nova moda das unhas de imersão?…
Pois lamento informar-vos que de novo não tem nada! Do Inglês “Dipping”, ou seja, mergulhar, esta técnica surgiu nos anos 80, juntamente com as fibras de vidro ou de seda, usadas para reforçar uma unha que estivesse partida, e por profissionais com pouca experiência.
Não é mais do que um “come back” – desculpem o “inglesismo…
Então… Em que consiste?
Pura e simplesmente na aplicação de uma resina cuja fórmula base não é nem mais nem menos do que o Cianoacrilato (que também existe na super-cola) unida a um pó acrílico.
Ou seja:
A resina é aplicada como um verniz nas unhas naturais, logo de seguida, inserem-se as unhas num pote com um pó acrílico fino, (que pode ou não ser pigmentado ) e finaliza-se o processo com o uso de um activador em spray, cuja finalidade é a de acelerar (ou seja, catalisar) o processo de cura, para que esta mistura “seque”.
Processo este que é repetido até que a unha estar com a resistência desejada.
Ora bem, temos aqui algumas questões…Terão havido melhoras? Acredito que sim… Temos de ser positivos, certo?
Que é menos nocivo… Aí, alto e pára o baile!
Porquê?
A preparação que é necessária para garantir uma boa aderência entre o material e as unhas naturais, é exactamente a mesma tanto na aplicação de um gel como na de um acrílico,
O activador é volátil e tem odor, logo, pode provocar alergias e outro tipo de reacções,
No fim, as unhas (tal como no gel ou no acrílico) têm sempre de ser limadas para um acabamento perfeito,
A sua remoção é feita com solventes à base de acetona, o que desidrata a placa das unhas,
Sem falar no facto de que “mergulhar” os dedos de toda a gente no mesmo “pote” tem muito pouco de higiénico! (poderia continuar, mas não gosto de “bater no ceguinho”…
Ou seja, mais uma vez o poder do marketing e da publicidade!
Isto é tipo… Nesta colecção Outono-Inverno voltam os ano 90! Novidade?… Não. Moda?… Sim.
Eu sou fã da velha expressão “não neguem à partida uma ciência que desconhecem”, mas neste caso… lamento mas já é conhecida desde os anos 80…
Por isso digo e repito, leiam, informem-se, mas não acreditem em tudo o que lêem!
Não existem sistemas perfeitos, existe evolução, tudo tem os seus prós e contras, e uma escolha informada é a diferença entre um bom ou um mau resultado. Procurem boas profissionais que vos possam explicar um pouco a química das coisas, o porquê deste ou daquele sistema, e aí sim, escolham!
Até breve!
Sandra Luz
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